quarta-feira, 5 de março de 2008

Limites De Uma Liberdade

A liberdade é uma ilusão. São imperdoáveis as histórias harmoniosas de omissões de verdade, falsas de acréscimos que esta vida de catálogos falantes nos oferece. Não é segredo nenhum o que estou a representar por grafismos mas é mais agradável fingir desconhecimento. È fácil recusar o utopismo que o conceito de liberdade despende. É deplorável a falsa ideia de que vivemos libertos... A nossa servil vida nada mais é que um conjunto de protocolos impostos e não digo isto com demasiado espanto. Empobrece-me ter este conhecimento e ainda me entristesse mais saber que não sou a única a ter esta percepção. A nossa vida são factos estéticos que pretendem agradar o outro e a nós. Não me encolho e dobro perante esta realidade bruta com que me deparei há já algum tempo, luto a cada fluir do dia, a cada fluir da noite pela doçura que esta falsidade me pode proporcionar e percorro-a ignorando o engano. Afinal também eu posso fingir, e entre altos e baixos, verdades e mentiras, existe um caminho que posso percorrer... o da liberdade aparente.
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A liberdade pode ser aparente, mas fomos nós que a tornámos nesta sensação de falsidade. Mesmo nos pequenos gestos que nos libertam de preconceitos e ilusões podemos encontrar um sentimento libertador. Ainda que nos sintamos muitas vezes condicionados, se o nosso pensamento é livre, então somos livres.

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