domingo, 6 de janeiro de 2008

O papel da tua vida!

Nos dias que correm a vida é muitas vezes encarada como uma peça de teatro, mas uma daquelas peças bastante artificiais...

A materialidade é encarada como objectivo absoluto para muitos, parece que vivemos numa história de falsidades, fingimentos, traições... parece que vivemos numa história sem valores...

As coisas até decorrem com determinada ordem quando as vontades do homem são satisfeitas, o problema reside essencialmente quando existe conflito de interesses. Transformamo-nos em autênticos bichos a lutar pela sobrevivência!! até onde vai a nossa irracionalidade.. Até que ponto é uma luta pela sobrevivência? Que forma doentia é esta de estar no mundo em que os bens materiais são encarados como a forma mais fácil de nos mostrarmos aos outros, mas... a menos inteligente! Que seres somos nós que perante sentimentos tão nobres nos moldamos e caímos em falsos moralismos?

Somos seres repletos de fraquezas, seres solitários. Seres que nem sempre estão dispostos a andar em uníssono com o seu semelhante, porque só podemos conquistar o nosso semelhante quando baixamos a nossa guarda e nos apresentamos despidos e sem preconceitos, na esperança que o outro confie em nós e nos mostre a sua alma, os seus medos.. quando nos tornamos vulneráveis.

Entramos então noutra história, em que os actores são os mesmos mas as motivações vão para além do conhecimento superficial, o politicamente correcto. E aqui está a verdadeira e extraordinária essência do homem.

Aquele que sem interesse é capaz de actos heróicos, aquele que se sente complacentemente orgulhoso do sucesso dos que o rodeiam, o que é capaz de estender a mão e ver no outro a sua continuação, o seu complemento, o seu prolongamento...

Nesta fase do texto tomamos consciência da profundidade da natureza humana que se traduz em relações de tanto contraste... e de quão frágeis somos por vivermos numa sociedade mascarada. Numa sociedade em que o grande desafio está em conseguir descobrir as pessoas que estão por debaixo dessa máscara.

Somos nós que fazemos a sociedade em que vivemos e por isso, cabe-nos a nós tentar alterá-la nem que seja através de pequenos gestos...

Disposto a um pequeno gesto?

2 comentários:

Cláudio Guerra disse...

Ontem vi um senhor idoso, sem abrigo, aninhar-se num banco do jardim.

Um arrepio frio correu meu corpo e chorei... Não saba o que fazer mas sei que me fez doer o coração...

VandAnita disse...

A dor do teu coração e as lágrimas que cairam dos teus olhos monstraram um pouco de ti, ainda que não soubesses o que fazer.

Ficar indiferente é que seria uma dor maior...

.:beijos:.